sexta-feira, 3 de novembro de 2017

DIA DA FAVELA - 4 de novembro


As características diversas ajudam a compreender por que as opiniões são opostas quando se fala em comemorar o Dia Nacional da Favela, 4 de novembro. Foi nessa data, em 1900, que um delegado enviou mensagem ao chefe da polícia, Enéas Galvão, sugerindo ações na favela do Morro da Providência, surgida três anos antes- 1897 -  e tida como a mais antiga do Brasil. 


Combatentes e ex escravos começaram a ocupar o local, dando origem a primeira favela do Brasil. Na carta, encaminhada ao Prefeito da cidade, tanto a área geográfica quanto a comunidade que ali vivia, eram tratadas como problema social, sanitário, policial e até mesmo moral. Na linguagem do documento, falava-se em “limpar” aquelas áreas, ou seja, logo após o surgimento da primeira favela, ela foi identificada por estigmas negativos.


“Quando se fala em favela, as ‘soluções’ são sempre muro, remoção ou ocupação policial”, afirma o coordenador da organização não governamental (ONG) Observatório de Favelas. Tião Santos, da Viva Rio, uma das mais antigas e atuantes organizações sociais na cidade, defende a comemoração da resistência: “Apesar da ausência do Estado e da violência, a favela está aí, crescendo”, diz. (Agência Brasil)


As Favelas são vistas pela maior parte da sociedade como sinônimo de miséria, fome, desigualdade e violência. Entretanto, a instituição e celebração deste dia objetiva justamente a quebra desses paradigmas e, sobretudo apresentar a todos o pólo sócio-cultural e o poder criativo e inovador existente dentro desses espaços.


Além de ser um marco para a possibilidade de um novo olhar sobre esses lugares, a comemoração do Dia da Favela resgata a auto-estima e a cidadania das pessoas que residem nessas comunidades.


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