domingo, 27 de outubro de 2013

DESPERTAR É PRECISO

DESPERTAR É PRECISO
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NO CAMINHO COM MAIAKOVSKI
                                                          Por Eduardo Alves da Costa

[...] Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim,
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

O poeta Eduardo Alves da Costa garante que Maiakovski nada tem a ver com o tema: "Durante mais de 30 anos acreditaram que o poema era dele. O poema saiu em jornais universitários, nos anos 70, com crédito para Maiakovski. Fizeram até camisetas na época das Diretas - Já. Virou símbolo da luta contra o regime militar. O psicanalista Roberto Freire incluiu em um livro dele e deu crédito ao russo Maiakovski e me colocou como tradutor. Mas já encomendei da França a obra completa do Maiakovski. Quando alguém me questionar, entrego os cinco volumes e mando achar o poema”.

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