domingo, 17 de janeiro de 2016

PNE - Completado 1 ano, nenhuma meta cumprida



Completado 1 ano, Brasil não cumpre 
nenhuma meta do PNE para 2015
O Plano Nacional de Educação ainda não conseguiu
 promover as primeiras mudanças previstas

MARINA RIBEIRO
12/06/2015 - 08h04 - Atualizado 12/06/2015 14h37

Apesar do lema “Brasil, pátria educadora”, completado um ano de aprovação, nenhuma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) para 2015 foi cumprida. Não seria a primeira vez que o país deixaria de implementar políticas educacionais.


A lei nº 13.005, sancionada em 25 de junho de 2014, após quase quatro anos em discussão no Congresso Nacional, tem vantagens em relação ao PNE anterior, aprovado em 2001, mas que ficou só no papel.

Planos Estaduais e Municipais

Até o dia 25 de junho, um ano depois da sanção presidencial do PNE, cidades e municípios já deveriam ter seus próprios planos aprovados com base no documento nacional. Contudo, até a data, somente quatro dos 27 Estados sancionaram leis regionais. E, dos 5.570 municípios, 30% estão em situação preocupante, segundo o MEC.


Alfabetização de adultos

O Brasil também não conseguiu reduzir o analfabetismo na população adulta. Seguindo uma das metas do Educação para Todos da Unesco – também presente no PNE –, até 2015, no mínimo, 93,5% da população brasileira com mais de 15 anos deveria ser alfabetizada. Ou seja, a taxa de analfabetos na faixa etária não poderia ser maior do que 6,5%. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na última medição, em 2012, o índice era de 8,7%. A Unesco já anunciou que considera que essa meta não será alcançada.


Lei de Responsabilidade Educacional

O PNE previa que a Lei de Responsailidade Educacional fosse aprovada em um ano. A legislação pretende estabelecer obrigações e punições caso gestores não cumpram com as suas obrigações educacionais, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal.


Participação popular

Já para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, mesmo com o possível alinhamento partidário e com a movimentação dentro do MEC, será necessária pressão social para que a lei realmente seja posta em prática em sua totalidade. No total, são 20 metas que devem moldar para melhor a educação nos próximos nove anos. “A questão é que estamos distantes de ver um governo que de fato assuma a educação como sendo uma prioridade fundamental. E se os governos não tratam planos de Estado e leis como prioridade, a sociedade tem que fazer essa cobrança”, diz Daniel Cara, que participa da Semana de Ação Mundial, que discutirá o tema.

Fonte: Revista Época


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