Texto original: Charley Gil
É inegável a
velocidade e a intensidade das transformações sociais, políticas e econômicas
em todo o mundo e, particularmente, no Brasil e em Jequié.
É fácil
concordar com esta colocação, como observador do nosso cenário. Mas o que tem
sido feito, pelas ONGS, Associações, Sindicatos de Trabalhadores, Conselhos e
pelos Movimentos Sociais, para enfrentar estas mudanças tão turbulentas? Que
respostas têm sido dadas às pressões do ambiente externo? Estamos mudando as
nossas ações, e principalmente, o comportamento das pessoas a nossa volta, para
enfrentar e vencer este desafio do mundo capitalista, globalizado do
consumismo, e o mundo dos nossos políticos? Estamos acreditando na participação
e na força transformadora de cada pessoa? Mobilizando e organizando grupos de
pessoas, potencializando a capacidade de gerar mudanças? Transformando as
pessoas a nossa volta em mais maduros e conscientes, capazes de encontrar
soluções para os seus próprios problemas? Mobilizando-os a gerar reflexão sobre
as questões de suas necessidades básicas de saúde, educação, transporte,
trânsito, segurança, serviços públicos...?
Vários
estudos biológicos provaram que um sapo colocado em um recipiente, com a mesma
água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água,
até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças
do ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. No entanto, outro
sapo, jogado nesse mesmo recipiente já com água fervendo, salta, imediatamente,
para fora, meio chamuscado, porém, vivo!
Existem
pessoas que têm comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as
mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar que é só dar um tempo... e,
muitas vezes, fazem um grande estrago em si mesmas, "morrendo"
inchadinhas e felizes, sem, ao menos, ter percebido as mudanças.
Outras, ao
serem confrontadas com as transformações, pulam, saltam, em ações para
implementar as mudanças necessárias. Encorajam-se, diante dos desafios, buscam
a melhor saída para a solução dos problemas, tomam atitudes.
Há muitos
"sapos fervidos", que não percebem a constante mudança do ambiente à
sua volta e se acomodam, à espera de que alguém resolva tudo por eles (enquanto ficam de olho no Big Brother Brasil, nas novelas...); esquecem-se de que mudar é preciso, principalmente, se essa mudança beneficia
toda uma coletividade. Essa teoria encaixa-se em todas as situações de nossa
vida: pessoal, afetiva e profissional.
Devemos ter
a consciência de que, além de sermos eficientes (fazer certo as coisas),
precisamos ser eficazes (fazer as coisas certas), criando espaços para o
diálogo, o compartilhamento, o planejamento, o espírito de equipe, delegando,
sabendo ouvir, favorecendo o nosso próprio crescimento e o daqueles com quem
convivemos, seja na família, no trabalho ou na comunidade em geral.
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