Avaliação das dificuldades de
aprendizagem:
entre a equipe multidisciplinar
Por Gilmar de Oliveira
Comprei uma briga. Mais uma. Agora foi com uma escola onde um paciente meu precisou de adaptação simples (caderno-fichário) para solucionar um problema com sua atenção e sua
motricidade, situação que acabou num ataque de autoritarismo por parte dos profissionais da escola dele e na destruição da auto-estima do menino.
...Ao invés de trabalharem no sentido de analisarem as queixas, o procedimento da escola e da Secretaria de Educação do Município foi de coagir, pela ordem: o aluno, o pai e o psicólogo do menino.
...Para algumas escolas que ainda vivem na pré-história,
sempre deve haver culpados. De preferência aqueles elementos que incomodam que
mostram que a sacrossanta unidade escolar tem falhas, como qualquer
instituição, como eu e você. Por pouco não paramos num instrumento de tortura
medieval.
Nem respondi sobre o que disseram de mim. Enviei laudo há dois anos, nada foi feito, a não ser intimidarem o aluno. Para quê enviar novo laudo para quem não sabe o que fazer com eles?
...Todo aluno aprende, desde que veja sentido no conteúdo, que se perceba nele, que alguém entenda sua dificuldade e explore suas capacidades.
Nem respondi sobre o que disseram de mim. Enviei laudo há dois anos, nada foi feito, a não ser intimidarem o aluno. Para quê enviar novo laudo para quem não sabe o que fazer com eles?
...Todo aluno aprende, desde que veja sentido no conteúdo, que se perceba nele, que alguém entenda sua dificuldade e explore suas capacidades.
Com plano pedagógico que inclua jogos, atividades lúdicas,
interação e proximidade entre educador e educando, com atividades diferenciadas
que desenvolvam habilidades do aluno não há quem não aprenda, não há quem não
ganhe uma nova habilidade a cada conteúdo.
Este projeto geralmente é rejeitado por professores que
ainda acreditam que alunos aprendem com a mera
repetição do conteúdo nas aulas de reforço. Se não aprende, lavam as
mãos e o aluno reprova ("tudo" foi feito). Despreza-se o lúdico e o
estímulo de habilidades que fundamentem o novo conhecimento, como se despreza o
aluno se o plano B da recuperação não dá certo.
...Sugiro que se comece pela boa-vontade em perceber que todo aluno aprende a seu modo e pelo questionamento do manejo didático do professor que perde a paciência com o aluno.
...Sugiro que se comece pela boa-vontade em perceber que todo aluno aprende a seu modo e pelo questionamento do manejo didático do professor que perde a paciência com o aluno.
Sugiro também que se construa uma máquina do tempo: devolvam o modelo de escola atual ao passado, o laudo do meu aluno ao presente e tragam do futuro uma solução...
GILMAR DE OLIVEIRA
psicólogo clínico e professor universitário (INESA);
especialista em Neuropsicologia e Aprendizagem
e Mestre em Educação e Cultura.
Fonte:jornaldaeducacao.inf.br/index.php?option=com...Itemid.
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