Um escândalo de grandes proporções que envolve a fabricante
automobilística Volkswagen veio à tona. No dia 17 de setembro, o governo dos
Estados Unidos acusou a marca de fraudar resultados em testes de poluentes em
500 mil veículos vendidos no país Após o
caso cair no noticiário e especulações começarem, a Volkswagen admitiu, no dia
22 de setembro, que 11 milhões de veículos movidos a diesel, em modelos de
várias marcas pertencentes ao grupo, foram adulterados. A Amarok vendida no
Brasil possui motor diesel com o dispositivo que burla o teste de emissões de
poluentes.
A fraude prejudica a imagem da montadora alemã, já que a
empresa que se posicionava como ambientalmente consciente, tendo, em carta de
julho de 2014 ao Greenpeace, assumido o compromisso de reduzir as emissões de
CO2 até 2020. As ações da empresa sofreram queda abrupta e Martin Winterkorn
renunciou ao cargo de presidente-executivo da Volkswagen.
Mas o que foi esse escândalo e quais os impactos da fraude
para o meio ambiente e nossa saúde?
A fraude consistiu em um mecanismo instalado nos carros
equipados com um motor a diesel do tipo EA 189. A Agência Ambiental dos Estados
Unidos (EPA) concluiu que o software reconhece quando o veículo está sob
inspeção técnica, muda o motor para o modo de economia e injeta produtos
químicos para reduzir as emissões de gases tóxicos. Dessa forma, os resultados
de vistorias apresentam emissões que se adequariam a normas. Mas, em condições
normais de condução, a emissão seria até 40 vezes maior do que a lei dos EUA
permite.
A Volkswagen estava burlando isso ao fazer com que pelo
menos 11 milhões de seus carros parecessem menos tóxicos do que realmente são,
enganando consumidores e contribuindo ainda mais para o processo de aquecimento
global. Grande parte da população mundial se concentra nas grandes cidades, e a
empresa permitiu que essas pessoas fossem expostas a um nível ainda maior de
resíduos tóxicos e cancerígenos resultantes da queima do diesel.
No que diz respeito à emissão de poluentes na atmosfera, o
diesel é sete vezes pior do que a gasolina. Ainda, a exposição prolongada ao
diesel aumenta os riscos de câncer de pulmão e, possivelmente, de bexiga (saiba
mais). Além disso, pode agravar inflamações nos pulmões, desencadear asma e
bronquite e aumentar riscos de ataques cardíacos e derrames.
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