No
artigo desta semana, o especialista em Sociologia, José de Almeida Amaral
Junior, comenta os recentes indicadores divulgados sobre a educação no Brasil,
mostrando que ainda há muito a ser feito.
Passos
lentos da educação
Novos
estudos sobre a área educacional no País foram publicados, atualizando a
situação. A sensação preocupante é que o trabalho realizado até aqui ficou
aquém ao necessário, apesar dos esforços. Falta muito ainda para uma condição
razoável e equilibrada.
O
Movimento Todos pela Educação, criado em 2006, publicou o relatório “De Olho
nas Metas, 2013/2014”. O objetivo é que as metas educacionais sejam alcançadas
até 2022, ano do bicentenário da independência do Brasil. O desafio a ser
cumprido, portanto, é grande.
Os resultados referentes a possibilitar que
todos os alunos tenham o aprendizado apropriado ao seu ano e concluído o Ensino
Médio até os 19 anos ainda estão distantes.
Com
base no SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica/2013, do Ministério da
Educação, o Movimento analisou os resultados das provas em matemática e
verificou que, na média nacional, apenas 9,3% dos que concluem o ensino médio
absorveram o essencial da disciplina. A meta proposta pelo Movimento era que 28,3%
saíssem com domínio do conteúdo de matemática, mas, a cada 20 crianças que
ingressam no ensino fundamental, apenas uma está com a aprendizagem adequada.
Na
disciplina de Língua Portuguesa, os resultados também ficaram abaixo da
expectativa.
Enfim,
há muito a se corrigir. Especialmente em se tratando de um País com raízes
escravocratas e brutais diferenças sociais. Educação é como agricultura:
trabalho lento e de perseverança, com cuidado na observação das sementes, no
preparo do solo, na observação das épocas certas, no jeito do semear, entre
tantas coisas, até a hora da colheita. Não tem milagre ou magia: só dedicação e
esforço duro.
Fonte - www.cantareira.org
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