SAÚDE DE QUALIDADE
PARA TODOS
PARA TODOS
Por Drª. Eunice Higuchi
O médico é visto como o remédio.
A Sociedade necessita de bons médicos, mas sozinhos eles não são capazes de resolver o problema. No Brasil o Sistema Único de Saúde (SUS) tem como finalidade alterar a situação de desigualdade na Assistência a Saúde de toda a população. Como dever do estado, o Sistema tornou obrigatório o atendimento público a qualquer Cidadão/ã. É um projeto ousado, porém na prática o que se observa é um Sistema de Saúde, dando sinais de falência múltipla, caminhando para UTI. A análise da situação demonstra falhas estruturais em todos os níveis.
FINANCIAMENTO - O governo brasileiro gasta menos que a média mundial com a saúde dos cidadãos/ãs, segundo dados divulgados em maio de 2013, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
ATENÇÃO BÁSICA - O próprio Ministério da Saúde indica que 30% a 40% das equipes da Saúde da Família não há médicos e essas equipes trabalham em situação precária, tendo às vezes que suspender o atendimento por falta de água. Os Postos de Saúde carecem de especialidades básicas como: pediatra, clínico geral e ginecologista.
ATENÇÃO DE MÉDIA COMPLEXIDADE - Por falta de leitos em UTI, muitos pacientes em fila de espera por cirurgia há 2 ou 3 anos, nos prontos socorros veem-se pacientes em macas sem colchão ou lençol e às vezes até no chão a espera de atendimento.
O MÉDICO - A discussão atual na mídia coloca o médico como o problema central, mas o problema é bem mais complexo.
A igualdade de direitos em relação à saúde é uma garantia dada na Constituição a ricos e pobres, mas na prática observamos grande desigualdade na oferta e na qualidade do serviço, sendo que para os ricos são suficientes e de qualidade, para os pobres, insuficientes e de péssima qualidade.
É um quadro que revolta a todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária.
Drª Eunice Higuchi - médica sanitarista.Fonte: Jornal Folha Universal
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