Trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada nada têm a comemorar.
O 1º de Maio, o Dia do Trabalhador, é uma data que deve ser vista como um dia de tomada de consciência da classe trabalhadora de que deve sempre, de forma unida e organizada, lutar por seus direitos, defender suas conquistas, cobrar mais dos seus sindicatos, combater os ataques que sofre da classe patronal e dos governos e, principalmente, da necessidade da construção da sociedade justa e de oportunidades iguais para todos.
Afinal, lutar por direitos não é crime. É um direito, e até mesmo uma obrigação dos explorados e marginalizados pelo perverso sistema capitalista.
1º de Maio sempre foi um dia de luta. Mas em algumas ocasiões foi possível comemorar vitórias alcançadas por essa luta. Neste ano de 2017 o cenário, entretanto, continua a mostrar-se preocupante devido a ameaças de retrocessos que pesam sobre os direitos dos trabalhadores conquistados com muito esforço.
Outros ataques aos direitos dos trabalhadores e dos servidores públicos estão contidos nas Medidas Provisórias, que dificultam o acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. Milhões de trabalhadores estão excluídos, impossibilitados de receber benefícios que foram criados justamente para socorrê-los nos momentos de maior fragilidade. As MPs, além de inconstitucionais, contrariam o espírito pelo qual foram criados os benefícios, uma contradição inexplicável para o “governo”.
A terceirização – é sinônimo de exploração e de sonegação de direitos. Trabalhadores terceirizados são mal tratados, cumprem jornadas exaustivas, não recebem horas extras, os salários são mais baixos e sofrem a maior rotatividade no mercado de trabalho.
Oito em cada dez trabalhadores acidentados são terceirizados, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – Dieese. É um crime contra os Direitos Humanos, que precisa ser punido!
Medidas Provisórias, modificaram regras para recebimento do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e do Seguro-Defeso utilizados, essencialmente, por trabalhadores de menor renda e qualificação, cuja rotatividade no mercado de trabalho é das mais altas. A mudança nas regras para concessão da Pensão por Morte também penaliza pessoas num dos momentos mais difíceis da vida, que é a perda de entes queridos. O governo e o Congresso Nacional são insensíveis às necessidades do povo que os elegeu.
Há ainda outros projetos muito ruins para os trabalhadores. A tentativa de mudança no conceito do que é trabalho escravo, contido no artigo 149 do Código de Processo Penal, poderá anular a conquista da aprovação da PEC do trabalho escravo e legitimar a exploração no campo e nas cidades.
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Jornada exaustiva e condições degradantes de trabalho não serão mais configuradas como características de trabalho escravo, e isso trará sérias conseqüências para a sociedade, que passará a conviver com trabalhadores em situação de absoluta falta de dignidade e humilhação, sob a permissão da lei.
O ditado é antigo, mas continua valendo, mais do que nunca:
A UNIÃO FAZ A FORÇA.
Trabalhadores, uni-vos!
PELEGO |
Fonte:
www.sinat.com.br
www.quimicosunificados.com.br
“ A emancipação dos trabalhadores
será obra dos próprios trabalhadores.”
Karl Marx
“MEU MAIO”
A todos que saíram as ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos que imploram feriado,
as costas que a terra extenua.
Primeiro de maio !
Meu mundo em primaveras,
derrete a neve com sol gaio.
Sou operário,
este é o meu maio !
Sou camponês,
este é o meu mês.
Sou ferro,
eis o maio que eu quero !
Sou terra,
o maio é minha era !
Núcleo de Apoio ao Trabalhador
OBSERVATÓRIO de Ação SOCIAL - Jequié
Participação Popular Cidadã
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