domingo, 12 de julho de 2015

Guillain-Barré e Aedes albopictus - Nova doença e novo mosquito


 População lota postos de saúde –em Salvador
 - por temor de nova doença

O medo de ter desenvolvido a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) – que provoca paralisia muscular e pode até matar – levou muita gente, às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital - Salvador, que ficaram lotadas. Segundo a prefeitura,  o aumento na procura aos postos chegou a 70%, em relação à média de atendimentos comum.
Vários pacientes que temiam estar com a síndrome haviam tido dengue e zika há pouco tempo. As UPAs da rede municipal tiveram que restringir o atendimento por conta da superlotação.



Anteontem, a pasta fez uma apresentação para 250 médicos sobre o protocolo de atendimento da Síndrome de Guillain-Barré, já apelidada nas ruas como Guillain-barril. Somente este ano, 55 casos da doença foram confirmados na Bahia (32 deles na capital). 

Confirmada a morte de uma pessoa e mais duas mortes estão sendo investigadas.

Dos pacientes internados em Salvador, boa parte foi infectada pelo Zika Vírus antes de adquirir a síndrome paralisante. Segundo especialistas, a doença, que é autoimune, tem correlação com infecções virais ou bacterianas.



A doméstica Solange Paulo, 39 anos, teve zika no mês passado e, desde então, tem tido febre, dores de cabeça e nas articulações, que também estão inchadas. Ela foi até a UPA dos Barris, mas não conseguiu ser atendida porque a unidade estava lotada.


NOVA DOENÇA, NOVO MOSQUITO


Secretaria  mapeia novo mosquito em Salvador - Um novo mosquito, da mesma família do Aedes aegypti, já foi detectado em Salvador. É o  Aedes albopictus, capaz de transmitir  (caso esteja infectado) o zika vírus e, também, dengue e chikungunya. Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Isabel Guimarães, o novo mosquito ainda está sendo mapeado. “Como o problema era só a dengue, a gente só fazia o levantamento do Aedes aegypti. Agora é que nós começamos a computar o albopictus. Na verdade, os estudos em relação à competência de transmissão dele estão começando agora”, explicou.


O também médico infectologista Antônio Bandeira informa que o grande problema desse novo mosquito é que ele se adapta rapidamente ao ambiente - gosta tanto dos urbanos quanto dos rurais -, além de causar doenças neurológicas graves. A fêmea, que transmite os vírus, também não tem um horário específico para picar. “O albopictus pica o dia inteiro. Sai daquilo de picar apenas pela manhã e no final da tarde (como o Aedes aegypti)”, explica. Em comum com o Aedes aegypti, o Aedes albopictus tem sobrevida de 100 dias, pode voar por até 6 quilômetros, a partir do seu criadouro, e leva de três a cinco dias para se reproduzir. Eles levam uma semana para incubar o vírus e ser capaz de transmiti-los.



A olho nu, é difícil distinguir os dois insetos, pois eles têm as patas rajadas. A diferença entre eles é que o Aedes albopictus é um pouco mais escuro. O Aedes aegypti tem o desenho de uma lira no tórax, enquanto o outro tem uma linha longitudinal. Como os dois mosquitos se reproduzem em água parada, é preciso ter cuidado para evitar a formação de poças que podem virar focos de reprodução dos insetos. Pneus, pratos de plantas, recipientes, piscinas e até lixo podem ser locais propícios para a proliferação de larvas.



Leia texto na íntegra:
http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/guillain-barre-populacao-lota-postos-de-saude-por-temor-de-nova-doenca/?cHash=68f1df90ed2c5f6909a1f4d6b2344f02


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